terça-feira, 26 de fevereiro de 2008


Descobri esse brilhante artista numa página do segundo caderno de segunda feira, abandonada numa mesa de bar.
Me apaixonei pela forma com que ele mescla bondade na expressão do mal e maldade da expressão do bem.
Afinal, é dessa mescla que se fazem as coisas todas.
Ninguém é só bom ou mau. Ninguém pode ter só seu bem ou seu mal amado, nem odiado.
Muitas vezes julgamos com muita severidade os demônios alheios e os nossos próprios. Não devemos nos esquecer que somos amados com eles, apesar deles e às vezes até por eles. E também somos capazes do amor.
Vamos fazer as pazes com nossos gênios malvados. É uma boa saída para apazigua-los, já que matá-los pode não ser possível ou até nos descaracterizar. É uma boa saída para ressaltar a bondade das nossas faces, e a paz do nosso coração.
Ah, e o artista se chama Marcelo Grassmann.

2 comentários:

Thammy Pimenta disse...

O problema, Natasha, é que muitos não sabem lidar com seus demônios, e acabando fazendo como o jornal...Largam-no numa mesa de bar, num lugar qualquer esquecido dentro de si mesmo, acreditando na ilusão que aparecerá alguém que ache este mal útil, e quando menos se espera essa pessoa joga essa mal em nós...

Beijos carinhosos, menina. Muita saudade

liquidificador disse...

adoro o grassmann. o crepax também desenha umas cenas lindas nesse estilo "a bela e a fera", que é um dos meus temas favoritos. bela escolha a tua.